sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ODE AO LIVRO III

ODE AO LIVRO I, II e III
só foram possíves de ser postadas
graças ao PPT "Livros",
que recebi de uma amiga por email,
produzido por Heloisa Guimarães.
heloisagui@yahoo.com.br
Obrigada!  
              Gladis Maia


 Picture de Vittorio Matteo Corcos
(Livorno-Itália 1859-1933 Florença-Itália), em 1896

“É o que você quando
não tem que fazê-lo 
 que determinará o que você será 
 quando não puder evitar.”
Oscar Wilde
(Dublin-Irlanda 1854-1900 Paris-França)
 E há palavras
e noturnas palavras 
gemidos
Palavras
que nos sobem ilegíveis à boca
Palavras diamantes
palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos conosco
cordas de violinos
Nem todo o sangue do mundo
nem todo o amplexo do ar."
Mário Cesariny (Lisboa-Portugal 
1923-2006 Lisboa-Portugal
 Irmãs e livro, de Iman Maleki 
(Teerã-Irã, n. 1976)

Refresca-te, irmã,
na água da pequena tigela de cobre com pedacinhos de gelo, abre os olhos sob a água, lava-os, enxuga-te com a toalha áspera e lança um olhar num livro que amas.
Começa assim um dia belo e útil.”

Bertolt Brecht
(Augsburg-Alemanha 1898- 1956 Berlim-Alemanha),
em “Conselho à atriz C. N.”, fim da década de 1920
 A leitora, de Jean Honoré Fragonard
(Grasse-França 1732-1808 Paris-França),em 1870-72

“Louvai ao Senhor, livro meu irmão,
com vossas letras e palavras, com
vosso verso e sentido, 
com vossa capa e forma,
com as mãos de todos 
que vos fizeram existir,
louvai ao Senhor!”

Adélia Prado (Divinópolis-MG, n. 1935),
em imitação do “Cântico das Criaturas”, 
de São Francisco de Assis
 Um poema, de Liz Gribin (Inglaterra

“Onde se queimam livros, 
cedo ou tarde, 
se queimam homens.”

Heinrich Heine (Düsseldorf-Alemanha
1797-1856 Paris-França)
  Un coin de table, de Henri Fantin-Latour (Grenoble-França 1836-1904 Orne-França), em 1872. Sentados, da esquerda para a direita: Paul Verlaine, Arthur Rimbaud, Léon Valade, Ernest d'Hervilly e Camille Pelletan. Em pé, Elzéar Bonnier, Émile Blémont e Jean Aicard. Musée d'Orsay, Paris.

Um público comprometido 
com a leitura é crítico,
rebelde, inquieto
pouco manipulável
e não crê em lemas
que alguns fazem  
passar por ideias.”
 
Mário Vargas Llosa
(Arequipa-Peru, n. 1936

Casa-biblioteca - do pedreiro sergipano Evando dos Santos - Biblioteca Comunitária Tobias Barreto, no Rio de Janeiro

Em uma boa biblioteca
 você sente, de alguma forma misteriosa,  
que está absorvendo,
através da pele
a sabedoria contida 
 em todos aqueles livros
 mesmo sem abri-los.”
 
Mark Twain, pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens 
(Flórida-Estados Unidos 1835-1910 
 Redding-Estados Unidos)


ODE AO LIVRO II


“Sempre que se conta um 
conto de fadas, a noite vem.”
Clarissa Pinkola Estés 
(Indiana-Estados Unidos, n. 1943)

Atlas of Wander

do artista russo Vladimir Kush

 
Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro.”
Henry David Thoreau (Concord-Estados Unidos 1817-1862 Concord-Estados Unidos)
 Moça lendo com o cão, de Charles Burton Barber
(Londres-Inglaterra), em 1879
“Os poemas são pássaros que chegam 
não se sabe de onde e pousam no livro que lês.
Quando fechas o livro,
eles alçam voo como de um alçapão.
Eles não têm pouso nem porto,
alimentam-se um instante 
em cada par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...”
Mário Quintana
(
Alegrete-RS 1906-1994
Porto Alegre-RS)
Pintura de Irene Sheri
(Belgorod-Dnestrovsky-Ucrânia, n. 1968)
 “Devemos ler para oferecer à nossa alma a oportunidade de luxúria.”
Henry Miller
(Nova Iorque-Estados Unidos 1891-1980 
 Los Angeles-Estados Unidos)
O jardim dos livros, de Rachel Caiano 
(Portugal, n. 1977)
Livros e solidão:
eis o meu elemento.”
Benjamin Franklin
(Boston-Estados Unidos 1706-
1790 Filadélfia- Estados Unidos) 
Mulher com livro, de Pablo Picasso  
(Málaga-Espanha 1881-1973 Mougins-França)
 
“A leitura... esse vício impune...”
 
Valéry Larbaud  (Vichy-França 
1881-1957 Vichy-França)
 

A leitora, de Pierre-August Renoir
(Limoges-França 1841-1919 
 Cagnes-sur-Mer-França), em 1875

O livro é um mudo que fala,
um surdo que responde, 
um cego que guia, 
um morto que vive.”
Pe. Antônio Vieira 
(Lisboa-Portugal 1608-1697 Salvador-BA)

ODE AO LIVRO I

 Pintura de Jonathan Wolstenholme (Londres-Inglaterra, n. 1950
Não livros morais nem imorais. O que são livros bem escritos ou mal escritos.”
Oscar Wilde
(Dublin-Irlanda 1854-1900 Paris-França) 
O Bibliotecário, de Giuseppe Arcimboldo
(Milão-Itália 1527–1593 Boêmia-República Checa), em 1566  
 "Uma boa leitura dispensa com vantagem a companhia de pessoas frívolas."
Marquês de Maricá, pseudônimo de Mariano José Pereira da Fonseca (Rio de Janeiro-RJ 1773-1848 Rio de Janeiro-RJ)
 Ilustração de Lorenzo Mattotti (Brescia-Itália, n. 1954)
“A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade das pessoas não sente esta sede.”
 Carlos Drummond de Andrade
(Itabira do Mato Dentro-MG 1902-1987
Rio de Janeiro-RJ)
Livro do séc. XV

 A f unção do leitor I
“Quando Lucia Pelãez era pequena, leu um romance escondida. Leu aos pedaços, noite após noite, ocultando o livro debaixo do travesseiro. Lucia tinha roubado o romance da biblioteca de cedro onde seu tio guardava os livros preferidos.
Muito caminhou Lucia, enquanto passavam-se os anos. Na busca de fantasmas caminhou pelos rochedos sobre o rio Antióquia, e na busca de gente caminhou pelas ruas das cidades violentas.
Muito caminhou Lucia, e ao longo de seu caminhar ia sempre acompanhada pelos ecos daquelas vozes distantes que ela tinha escutado, com seus olhos, na infância. Lucia não tornou a ler aquele livro. Não o reconheceria mais. O livro cresceu tanto dentro dela que agora é outro, agora é dela.”

Eduardo Galeano (Montevidéu-Uruguai,
n. 1940), em "O livro dos abraços"
 Pintura de Giuseppe Mariotti (Todi-Itália)

    “A leitura de um bom livro é um diálogo  incessante:
o livro fala incessante: o livro fala e a alma responde.”

André Maurois, pseudônimo de Emile Salomon  
Wilhelm Herzog (Elbeuf-França 1885-1967 Paris-França)

  Paraíso segundo Borges, deGabriel Caprav (Buenos Aires-Argentina, n. 1983)
“Sempre imaginei o paraíso como uma
grande biblioteca.”
      
      Jorge Luis Borges  
     Buenos Aires-Argentina 1899-1986 Genebra-Suíça)