SE DISCUTÍSSEMOS MAIS A COMUNICAÇÃO E SUAS FUNÇÕES,
TALVEZ FÔSSEMOS LEVADOS MAIS A SÉRIO PELA SOCIEDADE.
MEUS PARABÉNS AO SINDICATO E A TODOS OS JORNALISTAS
QUE ESTIVERAM NESSA TRINCHEIRA DA LIBERDADE AO LONGO
DESTES 70 ANOS!
GLADIS MAIA
GRANDE EXPEDIENTE ESPECIAL
Parlamentares homenageiam os 70 anos
do Sindicato dos Jornalistas do RS
O Grande Expediente Especial desta terça-feira (18) celebrou os 70 anos do
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul. “Minha satisfação
é redobrada neste dia, pois a minha militância na política teve início no
Sindicato dos Metalúrgicos, por isso, é uma alegria poder destacar a caminhada
sindical dos jornalistas gaúchos”, enfatizou o deputado Valdeci Oliveira (PT),
proponente da homenagem.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS nasceu oficialmente em 23 de setembro de 1942. “Se hoje desfrutamos de uma sociedade democrática e de uma imprensa livre é porque lá atrás entidades como o Sindicato dos Jornalistas não se renderam ao autoritarismo.”
Em 1964, o Sindicato sofreu uma intervenção militar a mando da ditadura que se instaurava. Ao contrário de outras entidades, o sindicato não aceitou que o seu presidente fosse indicado pelo regime, como era de praxe na época. Em plena ditadura, o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado era escolhido no voto. “O sindicato se constituiu numa resistente trincheira contra a censura e a favor da liberdade de imprensa e a liberdade de expressão”, disse Valdeci. O deputado também registrou o engajamento do sindicato na luta pela anistia e pelos direitos humanos.
Valdeci chamou a atenção para os novos desafios que são enfrentados por esses profissionais. “Ainda hoje, em pleno século 21, muitos jornalistas são vítimas de violência. Não falo só dos crimes e de violência física. Muitos jornalistas são vítimas diárias de violência psicológica, de assédio moral, de pressão, de sobrecarga de trabalho e principalmente de desvalorização profissional”, disse. O jornalismo está entre as profissões contemporâneas de maior periculosidade, cujos profissionais em escala cada vez maior são alvo de depressão e até mesmo de dependência química.
É preciso não só fazer, mas ser notícia“Talvez por produzir notícias e não ser notícia é que as questões inerentes ao jornalismo e a comunicação muitas vezes não recebem a devida atenção de nós, homens públicos, dos próprios meios de comunicação e da população”, observou Valdeci. O parlamentar assinalou que países desenvolvidos discutem sem constrangimento a comunicação, como discutem saúde, educação, infraestrutura, cultura, entre outros temas.
Retomada do DiplomaPara Valdeci, a falta de debate sobre o tema fabrica episódios lamentáveis. O fim do diploma seria um exemplo clássico. “Foi uma decisão nada republicana do Supremo Tribunal Federal abolir o diploma de jornalismo. A decisão do STF só foi superada em gravidade pelos argumentos utilizados pelo órgão para tomar esta decisão”, lamentou. Valdeci criticou que, numa época em que a educação é sinônimo de desenvolvimento e de emancipação, a mais alta corte judiciária brasileira julgou que o conhecimento universitário e acadêmico não se faz necessário, justamente na área que forma ou que contribui na formação da opinião social.
Após a mobilização da categoria e da sociedade, o Senado Federal aprovou a Proposta de Emenda Constitucional do Diploma. Falta agora a Câmara dos Deputados também aprovar a PEC. “Quero pedir a atenção e o apoio dos meus colegas que se agreguem nesta mobilização e que reivindiquem também publicamente apoio à causa do diploma de jornalismo. Todos nós deputados estaduais temos vínculos sólidos com a bancada federal gaúcha e podemos engrossar esta democrática mobilização. Se muitas vezes a Assembleia se agrega as discussões nacionais é momento de fazermos o mesmo agora”.
O deputado recordou que, no final da década de 90, quando era deputado federal, o Congresso Nacional barrou a famosa lei da mordaça. Esta iniciativa tinha como objetivo limitar a atuação do Ministério Público, dos procuradores e promotores e também o trabalho da imprensa na apuração de fraudes e investigações de alto impacto. “Na época, apoiei muito esta luta vitoriosa. Não é cassando diplomas universitários e desqualificando os requisitos para atuação na imprensa e na comunicação que vamos melhorar nossa sociedade e o nosso país.”
O parlamentar lembrou ainda outras lutas do Sindicato dos Jornalistas, como a democratização da comunicação, a valorização salarial dos profissionais e a federalização dos crimes contra os jornalistas. “Também apoiamos a luta pela aprovação dos conselhos de comunicação e pela criação dos protocolos de saúde e segurança para categoria dos jornalistas”.
ApartesManifestaram-se no período dos apartes os deputados Adolfo Brito (PP), Raul Carrion (PCdoB), Márcio Biolchi (PMDB), Heitor Schuch (PSB), Lucas Redecker (PSDB), Adão Villaverde (PT), Cassiá Carpes (PTB) e Gilmar Sossela (PDT),
MedalhaO deputado Valdeci propôs a outorga da Medalha da 53ª Legislatura para aquelas pessoas que tiveram a honra de presidir o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul. Receberam a condecoração Lucídio Castelo Branco, João Borges de Souza, Antônio Manoel de Oliveira, Vera Maria Spolidoro, Celso Augusto Schröder, Jorge Luiz Correa da Silva e José Carlos Torves (representado por Léo Nuñez). Lauro Hagemann não pode comparecer à homenagem por motivos de saúde. O atual presidente do Sindicato, José Maria Rodrigues Nunes, recebeu uma placa comemorativa aos 70 anos do Sindicato.
PresençasPrestigiaram o Grande Expediente a jornalista Vera Spolidoro, secretária de Comunicação (representando o governador Tarso Genro), o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Celso Schröder, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, José Maria Nunes, o presidente da Associação Rio Grandense de Imprensa (ARI), Batista Filho e os ex-presidentes do Sindicato dos Jornalistas do RS: Lucídio Castelo Branco, João Borges de Souza, Antônio Manoel de Oliveira (diretor de jornalismo da TVE e FM Cultura) e Jorge Luiz Correa da Silva.
Também acompanharam as homenagens representantes da Casa Civil do Estado, Secretaria de Estado do Turismo, Sindirádio, Sindilojas, Iargs, Ajuris, Federasul, CUT/RS, Arfoc, Fecosul, OAB/Rs e da Assessoria de Imprensa do Ministério Público.
CRÉDITOS
Cristiane Vianna Amaral - MTB 8685 | Agência de Notícias - 15:56-18/09/2012 - Edição: Marinella Peruzzo - MTB 8764 - Foto: Marcelo Bertani
fonte: http://www2.al.rs.gov.br/noticias/
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS nasceu oficialmente em 23 de setembro de 1942. “Se hoje desfrutamos de uma sociedade democrática e de uma imprensa livre é porque lá atrás entidades como o Sindicato dos Jornalistas não se renderam ao autoritarismo.”
Em 1964, o Sindicato sofreu uma intervenção militar a mando da ditadura que se instaurava. Ao contrário de outras entidades, o sindicato não aceitou que o seu presidente fosse indicado pelo regime, como era de praxe na época. Em plena ditadura, o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado era escolhido no voto. “O sindicato se constituiu numa resistente trincheira contra a censura e a favor da liberdade de imprensa e a liberdade de expressão”, disse Valdeci. O deputado também registrou o engajamento do sindicato na luta pela anistia e pelos direitos humanos.
Valdeci chamou a atenção para os novos desafios que são enfrentados por esses profissionais. “Ainda hoje, em pleno século 21, muitos jornalistas são vítimas de violência. Não falo só dos crimes e de violência física. Muitos jornalistas são vítimas diárias de violência psicológica, de assédio moral, de pressão, de sobrecarga de trabalho e principalmente de desvalorização profissional”, disse. O jornalismo está entre as profissões contemporâneas de maior periculosidade, cujos profissionais em escala cada vez maior são alvo de depressão e até mesmo de dependência química.
É preciso não só fazer, mas ser notícia“Talvez por produzir notícias e não ser notícia é que as questões inerentes ao jornalismo e a comunicação muitas vezes não recebem a devida atenção de nós, homens públicos, dos próprios meios de comunicação e da população”, observou Valdeci. O parlamentar assinalou que países desenvolvidos discutem sem constrangimento a comunicação, como discutem saúde, educação, infraestrutura, cultura, entre outros temas.
Retomada do DiplomaPara Valdeci, a falta de debate sobre o tema fabrica episódios lamentáveis. O fim do diploma seria um exemplo clássico. “Foi uma decisão nada republicana do Supremo Tribunal Federal abolir o diploma de jornalismo. A decisão do STF só foi superada em gravidade pelos argumentos utilizados pelo órgão para tomar esta decisão”, lamentou. Valdeci criticou que, numa época em que a educação é sinônimo de desenvolvimento e de emancipação, a mais alta corte judiciária brasileira julgou que o conhecimento universitário e acadêmico não se faz necessário, justamente na área que forma ou que contribui na formação da opinião social.
Após a mobilização da categoria e da sociedade, o Senado Federal aprovou a Proposta de Emenda Constitucional do Diploma. Falta agora a Câmara dos Deputados também aprovar a PEC. “Quero pedir a atenção e o apoio dos meus colegas que se agreguem nesta mobilização e que reivindiquem também publicamente apoio à causa do diploma de jornalismo. Todos nós deputados estaduais temos vínculos sólidos com a bancada federal gaúcha e podemos engrossar esta democrática mobilização. Se muitas vezes a Assembleia se agrega as discussões nacionais é momento de fazermos o mesmo agora”.
O deputado recordou que, no final da década de 90, quando era deputado federal, o Congresso Nacional barrou a famosa lei da mordaça. Esta iniciativa tinha como objetivo limitar a atuação do Ministério Público, dos procuradores e promotores e também o trabalho da imprensa na apuração de fraudes e investigações de alto impacto. “Na época, apoiei muito esta luta vitoriosa. Não é cassando diplomas universitários e desqualificando os requisitos para atuação na imprensa e na comunicação que vamos melhorar nossa sociedade e o nosso país.”
O parlamentar lembrou ainda outras lutas do Sindicato dos Jornalistas, como a democratização da comunicação, a valorização salarial dos profissionais e a federalização dos crimes contra os jornalistas. “Também apoiamos a luta pela aprovação dos conselhos de comunicação e pela criação dos protocolos de saúde e segurança para categoria dos jornalistas”.
ApartesManifestaram-se no período dos apartes os deputados Adolfo Brito (PP), Raul Carrion (PCdoB), Márcio Biolchi (PMDB), Heitor Schuch (PSB), Lucas Redecker (PSDB), Adão Villaverde (PT), Cassiá Carpes (PTB) e Gilmar Sossela (PDT),
MedalhaO deputado Valdeci propôs a outorga da Medalha da 53ª Legislatura para aquelas pessoas que tiveram a honra de presidir o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul. Receberam a condecoração Lucídio Castelo Branco, João Borges de Souza, Antônio Manoel de Oliveira, Vera Maria Spolidoro, Celso Augusto Schröder, Jorge Luiz Correa da Silva e José Carlos Torves (representado por Léo Nuñez). Lauro Hagemann não pode comparecer à homenagem por motivos de saúde. O atual presidente do Sindicato, José Maria Rodrigues Nunes, recebeu uma placa comemorativa aos 70 anos do Sindicato.
PresençasPrestigiaram o Grande Expediente a jornalista Vera Spolidoro, secretária de Comunicação (representando o governador Tarso Genro), o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Celso Schröder, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, José Maria Nunes, o presidente da Associação Rio Grandense de Imprensa (ARI), Batista Filho e os ex-presidentes do Sindicato dos Jornalistas do RS: Lucídio Castelo Branco, João Borges de Souza, Antônio Manoel de Oliveira (diretor de jornalismo da TVE e FM Cultura) e Jorge Luiz Correa da Silva.
Também acompanharam as homenagens representantes da Casa Civil do Estado, Secretaria de Estado do Turismo, Sindirádio, Sindilojas, Iargs, Ajuris, Federasul, CUT/RS, Arfoc, Fecosul, OAB/Rs e da Assessoria de Imprensa do Ministério Público.
CRÉDITOS
Cristiane Vianna Amaral - MTB 8685 | Agência de Notícias - 15:56-18/09/2012 - Edição: Marinella Peruzzo - MTB 8764 - Foto: Marcelo Bertani
fonte: http://www2.al.rs.gov.br/noticias/
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