quarta-feira, 19 de setembro de 2012

MAIS DO QUE MERECIDA A HOMENAGEM!
SE DISCUTÍSSEMOS MAIS A COMUNICAÇÃO E SUAS FUNÇÕES,
 TALVEZ FÔSSEMOS LEVADOS MAIS A SÉRIO PELA SOCIEDADE.
MEUS PARABÉNS AO SINDICATO E A TODOS OS JORNALISTAS
QUE ESTIVERAM NESSA TRINCHEIRA DA LIBERDADE AO LONGO
DESTES 70 ANOS!                                
                                             GLADIS MAIA

GRANDE EXPEDIENTE ESPECIAL

Parlamentares homenageiam os 70 anos 

do Sindicato dos Jornalistas do RS

Dirigentes da entidade foram homenageados pelos deputados

O Grande Expediente Especial desta terça-feira (18) celebrou os 70 anos do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul. “Minha satisfação é redobrada neste dia, pois a minha militância na política teve início no Sindicato dos Metalúrgicos, por isso, é uma alegria poder destacar a caminhada sindical dos jornalistas gaúchos”, enfatizou o deputado Valdeci Oliveira (PT), proponente da homenagem.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS nasceu oficialmente em 23 de setembro de 1942. “Se hoje desfrutamos de uma sociedade democrática e de uma imprensa livre é porque lá atrás entidades como o Sindicato dos Jornalistas não se renderam ao autoritarismo.”
Em 1964, o Sindicato sofreu uma intervenção militar a mando da ditadura que se instaurava. Ao contrário de outras entidades, o sindicato não aceitou que o seu presidente fosse indicado pelo regime, como era de praxe na época. Em plena ditadura, o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado era escolhido no voto. “O sindicato se constituiu numa resistente trincheira contra a censura e a favor da liberdade de imprensa e a liberdade de expressão”, disse Valdeci. O deputado também registrou o engajamento do sindicato na luta pela anistia e pelos direitos humanos.
Valdeci chamou a atenção para os novos desafios que são enfrentados por esses profissionais. “Ainda hoje, em pleno século 21, muitos jornalistas são vítimas de violência. Não falo só dos crimes e de violência física. Muitos jornalistas são vítimas diárias de violência psicológica, de assédio moral, de pressão, de sobrecarga de trabalho e principalmente de desvalorização profissional”, disse. O jornalismo está entre as profissões contemporâneas de maior periculosidade, cujos profissionais em escala cada vez maior são alvo de depressão e até mesmo de dependência química.
É preciso não só fazer, mas ser notícia“Talvez por produzir notícias e não ser notícia é que as questões inerentes ao jornalismo e a comunicação muitas vezes não recebem a devida atenção de nós, homens públicos, dos próprios meios de comunicação e da população”, observou Valdeci. O parlamentar assinalou que países desenvolvidos discutem sem constrangimento a comunicação, como discutem saúde, educação, infraestrutura, cultura, entre outros temas.
Retomada do DiplomaPara Valdeci, a falta de debate sobre o tema fabrica episódios lamentáveis. O fim do diploma seria um exemplo clássico. “Foi uma decisão nada republicana do Supremo Tribunal Federal abolir o diploma de jornalismo. A decisão do STF só foi superada em gravidade pelos argumentos utilizados pelo órgão para tomar esta decisão”, lamentou. Valdeci criticou que, numa época em que a educação é sinônimo de desenvolvimento e de emancipação, a mais alta corte judiciária brasileira julgou que o conhecimento universitário e acadêmico não se faz necessário, justamente na área que forma ou que contribui na formação da opinião social.
Após a mobilização da categoria e da sociedade, o Senado Federal aprovou a Proposta de Emenda Constitucional do Diploma. Falta agora a Câmara dos Deputados também aprovar a PEC. “Quero pedir a atenção e o apoio dos meus colegas que se agreguem nesta mobilização e que reivindiquem também publicamente apoio à causa do diploma de jornalismo. Todos nós deputados estaduais temos vínculos sólidos com a bancada federal gaúcha e podemos engrossar esta democrática mobilização. Se muitas vezes a Assembleia se agrega as discussões nacionais é momento de fazermos o mesmo agora”.
O deputado recordou que, no final da década de 90, quando era deputado federal, o Congresso Nacional barrou a famosa lei da mordaça. Esta iniciativa tinha como objetivo limitar a atuação do Ministério Público, dos procuradores e promotores e também o trabalho da imprensa na apuração de fraudes e investigações de alto impacto. “Na época, apoiei muito esta luta vitoriosa. Não é cassando diplomas universitários e desqualificando os requisitos para atuação na imprensa e na comunicação que vamos melhorar nossa sociedade e o nosso país.”
O parlamentar lembrou ainda outras lutas do Sindicato dos Jornalistas, como a democratização da comunicação, a valorização salarial dos profissionais e a federalização dos crimes contra os jornalistas. “Também apoiamos a luta pela aprovação dos conselhos de comunicação e pela criação dos protocolos de saúde e segurança para categoria dos jornalistas”.
ApartesManifestaram-se no período dos apartes os deputados Adolfo Brito (PP), Raul Carrion (PCdoB), Márcio Biolchi (PMDB), Heitor Schuch (PSB), Lucas Redecker (PSDB), Adão Villaverde (PT), Cassiá Carpes (PTB) e Gilmar Sossela (PDT),
MedalhaO deputado Valdeci propôs a outorga da Medalha da 53ª  Legislatura para aquelas pessoas que tiveram a honra de presidir o Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul. Receberam a condecoração Lucídio Castelo Branco, João Borges de Souza, Antônio Manoel de Oliveira, Vera Maria Spolidoro, Celso Augusto Schröder, Jorge Luiz Correa da Silva e José Carlos Torves (representado por Léo Nuñez). Lauro Hagemann não pode comparecer à homenagem por motivos de saúde. O atual presidente do Sindicato, José Maria Rodrigues Nunes, recebeu uma placa comemorativa aos 70 anos do Sindicato.
PresençasPrestigiaram o Grande Expediente a jornalista Vera Spolidoro,  secretária de Comunicação (representando o governador Tarso Genro), o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Celso Schröder, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, José Maria Nunes, o presidente da Associação Rio Grandense de Imprensa (ARI), Batista Filho e os ex-presidentes do Sindicato dos Jornalistas do RS: Lucídio Castelo Branco, João Borges de Souza, Antônio Manoel de Oliveira (diretor de jornalismo da TVE e FM Cultura) e Jorge Luiz Correa da Silva.
Também acompanharam as homenagens representantes da Casa Civil do Estado, Secretaria de Estado do Turismo, Sindirádio, Sindilojas, Iargs, Ajuris, Federasul, CUT/RS, Arfoc, Fecosul, OAB/Rs e da Assessoria de Imprensa do Ministério Público.
CRÉDITOS
Cristiane Vianna Amaral - MTB 8685 | Agência de Notícias - 15:56-18/09/2012 - Edição: Marinella Peruzzo - MTB 8764 - Foto: Marcelo Bertani

fonte: http://www2.al.rs.gov.br/noticias/

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