“Há situações na vida em que já tanto nos dá perder por dez como perder por cem, o que queremos é conhecer rapidamente a última soma do desastre, para depois, se tal for possível, não voltarmos a pensar mais no assunto.” José Saramago.
O desamor é mesmo a tônica dos dias que vivemos ou tudo sempre foi assim?
Seria apenas a imediatez da efetividade da comunicação a tornar os mais
sensíveis desolados com a crescente crise de valores que assistimos de braços
cruzados, muitas vezes, e amarrados noutras? Tenho dúvidas... Muitas!
O certo é que vivemos um tempo em que a psicopatização da sociedade é
vertiginosa ao encontrar eco nos feitos e conceitos de seres que não merecem sequer o atributo humano. Seres que se
chamados de animais, ofenderíamos estes, que não possuem razão, mas são muitas
vezes melhores e mais solidários com a sua espécie e mesmo com outras,
inclusive com a nossa.
Todos conhecemos gente assim... Um vizinho, uma autoridade e mesmo um
membro de nossa família. E à pamparra, para quem nega essa realidade,
divirta-se, esbraveje, chore ou sucumba ao acessar as redes sociais em sua
expressão cotidiana. Ali encontramos o triste retrato do mundo.
Encontramos nessas páginas um
formidável número de pessoas egoístas e de mau caráter. Mal educadas, mal humoradas, mal informadas, mal amadas... Feias,
por mais que suas aparências externas exponham qualidades que as levariam facilmente
aos primeiros lugares em títulos de beleza... Pobres, mesmo que suas contas
bancárias possuam cifras exorbitantes.
Homens e mulheres de bem são ridicularizados por esta escória que só
enxerga o próprio umbigo. Narcisistas incorrigíveis na sentença de Freud que argumentava que não somos governados
unicamente pela razão, pois estamos à
mercê de forças obscuras que podem explodir com violência inesperada. O nazismo
e todas as guerras já demonstraram isso
e até mesmo um simples jogo de futebol, através de suas malfadadas torcidas...
O dia em que alguns poderosos tiverem tutano na cabeça e bondade no
coração, para tomarem ciência de que só a Educação - desde a mais tenra
infância - poderá trazer algum alento para a o estabelecimento (ou
reestabelecimento?) dos valores éticos,
virtuosos e solidários poderemos pensar em luz no fim do túnel...
Até lá, mesmo sendo chacota para os que se acham espertos, continuarei
com a minoria ridicularizada pela escória do mal e da soberba. Não cessarei meu
choro diante da injustiça. Meu brado de protesto também não será calado, até o
último dos meus dias. E você já refletiu sobre isso? Namastê.
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