POR GLADIS MAIA
São as nossas diferenças que nos fazem singulares e enriquecem a humanidade.
São as nossas diferenças que nos fazem singulares e enriquecem a humanidade.
O planeta Terra deve ter atualmente 7 bilhões de habitantes. Destes, cerca de 600 milhões tem uma ou outra deficiência: física, auditiva, visual ou mental. Segundo a OMS, 80% deles vive em países em desenvolvimento; e um terço é formado por crianças. Como na maioria destes países não há ainda um sistema gratuito de saúde, que atenda a demanda exigida por qualquer tipo de deficiência, a OMS estima que 90% destas crianças não atingirão os 5 anos de idade.
Você sabia que ao ser concebido tinha 3% de possibilidade de ter nascido com algum tipo de comprometimento, em maior ou menor grau? Mesmo tendo nascido normal, ao longo de nossas vidas, corremos o risco de nos tornarmos deficientes em alguma área, se tivermos uma a doença debilitante, como a paralisia infantil, a meningite, o diabetes, um derrame cerebral, um aneurisma, ou se sofrermos algum acidente grave, que resulte num AVC.
Diante destes dados, é bom olhar com respeito e solidariedade para os PNE, Portadores de Necessidades Especiais, se não por humanidade, porque poderemos estar olhando para o nosso futuro ou de algum descendente nosso, que ainda nem chegou a esta sociedade, que insiste em ser segregacionista e preconceituosa.
Quem não lembra do ator Christopher Reeve, que interpretava o Super-homem e ficou tetraplégico ao cair de um cavalo? Longe das telas hoje ele é um dos principais ativistas na luta pelo direito à reabilitação de todos os cidadãos que se tornaram deficientes. E do João do Pulo, atleta olímpico brasileiro, que perdeu a perna num acidente de carro? E o compositor e músico Herbert Viana, do Paralamas do Sucesso, que teve aquele acidente de avião ?
Há ainda outros bem conhecidos nossos: Einstein, que descobriu a teoria da relatividade, não falou até os 4 anos de idade e só foi ler aos 11. Bethoven, que deixou-nos uma obra musical das mais valiosas sobre a face da terra, era surdo. Thomaz Edson, o inventor da lâmpada, foi retirado da Escola (que o considerava anormal, por possuir uma cabeça muito grande) e sua mãe passou a ensiná-lo em casa.
Aghatha Cristie, a mais famosa escritora policial de todos os tempos, ditava seus best-sellers para um gravador ou para uma secretária, por ser portadora de dislexia.
Luiz Brailler, o inventor do método que leva o seu nome, era cego. O artista plástico mineiro, Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, produziu sua monumental obra com os tocos de mãos (destruídas pela lepra) enrolados em panos. Evidente que nem todo o deficiente é um gênio, mas entre os ditos normais a percentagem não é maior.
Percebam o quanto é apaixonante o tema inclusão! Nós os humanos somos seres muito especiais, com ou sem genialidade, e merecemos ser tratados com muito carinho, atenção e solidariedade. Vamos lutar para que a inclusão se instale em todos os recantos da sociedade, sobremaneira nas escolas, preventivamente, evitando que ainda na infância o preconceito contra seu semelhante já grasse.
Lembremos que o conceito de deficiência está diretamente relacionado com as limitações do indivíduo e as barreiras impostas a ele pelo meio ambiente. Pensem nisto! Namastê!
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