quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

VAMOS VOLTAR AO PASSADO?

A vila que o tempo esqueceu: Yvoire

                        por Daniel Duclos em 30/10/2010


Yvoire


“Chegou ao seu destino”, avisou Catarina, a voz portuguesa de nosso GPS assassino (não são todos os GPS meio homicidas?). O dia estava molhado, cinza, mais convidando prum chocolate quente dentro de algum lugar quente do que um passeio a pé por uma vila medieval.


Mas tinham nos recomendado e estávamos em uma road trip pela fronteira franco-suíça, dando a volta no Lago Genebra (Lac Léman, para os francófanos). Ficar dentro de lugares não era, no momento, a prioridade — embora tenha sido questão de sobrevivência após ficar ao ar livre por algumas horas em alguns lugares muito, muito gelados. De qualquer forma, nesse momento não estava tão frio, fazia convidativos dois graus. Positivos!
Logo de cara, um aviso: carros não entram em Yvoire:


Yvoire


"Yvoire, vila medieval, se visita a pé. Vedado à todos os veículos" se meu parco e tosco francês me permite dizer.

Oquei, sem problemas. Gosto de visitar lugares a pé de qualquer maneira. Entramos e vimos uma vila tão pequena quanto seu artigo na Wikipedia em inglês. A versão em francês nos diz que Yvoire é parte da associação das mais belas vilas da França. Seu turismo de flores é bem famoso — mas estávamos fora de época pras flores.
Bela ou não, logo notamos que estava deserta. O que, na verdade, fazia sentido: era inverno, baixa temporada e o tempo não estava ajudando. No fim, esse tempinho chatoso foi uma grande vantagem, pois tivemos a vila só pra nós, e andar pelas ruas desertas e enevoadas nos transportou, mesmo, para outro tempo.


Yvoire

700 anos de história: desde 1306

Yvoire


Vila de pescadores
A vila foi, em seu começo, um ponto estratégico militar importante, por estar na parte que o lago se estreita e se divide em “pequeno” e “grande” lago. Sua posição estratégica foi o motivo de sua criação por volta de 1300 — e declínio. No século XVI ela foi ocupada militarmente pelos senhores de Berna, teve seu castelo (a fortificação militar da época) queimado e declinou em uma pacata vila de pescadores, sem ser modernizada. Teria esse sido o triste fim de Yvoire?
Não! O turismo moderno resgatou a vila do anonimato e reinjetou vida (e dinheiro) na economia local. Mais ou menos o que aconteceu com Bruges na Bélgica, mas em escala bem menor. Muito menor.


Yvoire



Andamos aleatoriamente pelas ruículas, vendo uma ou outra armadilha de turista aberta (sem ninguém). Tiramos fotos, andamos, fotos, comprei o cartão postal mais feio da minha coleção (comprei ele só porque era tão mal feito que ficou charmoso) e acamos chegando no Lago
O lago é lindo, claro (era meio que o motivo de nossa viagem, certo, dar a volta no lago). Andando perto dele fiquei vendo as águas límpidas, os bichinhos nadando… juro que foi me dando uma vontade de pular na água e dar uma nadadinha.
Conhecendo meu histórico com água fria (eu tenho uma séria tendência a pular nela) a Carla calmamente me explicou que não era uma boa idéia:
— Se pular é melhor ficar lá, que eu não vou cuidar de moleque doente no resto da viagem.
Reconsiderei e fiquei só na vontade. Mas dizem que no verão, a prainha da vila bomba, com o pessoal nadando no lago mesmo. Um dia…


Yvoire

Nos restou continuar a andar. E fotografar…

Yvoire


Yvoire

Yvoire

Yvoire

Metáfora de uma vila

Yvoire



Este barco me pareceu uma metáfora pra vila: antes tinha uma utilidade, voltada para a pesca no lago, hoje, já antigo, ganhou uma vida extra com outra função, segurando vasos. Como a vila medieval de pescadores que hoje, antiga, serve ao turismo. Barco e vila preservam na idade um charme que não desaparece com o tempo.

ATENÇÃO :
Esta maravilha de postagem só foi possível de estar aqui no meu blog, copiada na íntegra, porque Daniel Duclos faz da sua vida, juntamente com sua esposa Carla Duclos, uma poesia e - para sorte nossa - publicam boa parte dela, em textos e fotos. Nas suas palavras:


Eu sou um daqueles caras que querem conhecer a vida, o universo e tudo o mais. Daí eu acabei fazendo faculdade de Artes Plásticas, Biologia (por bastante tempo) e Letras Português por 3 anos (pouco antes de vir pra Holanda). Trabalhei com biologia, letras e no meio tempo desenvolvi uma carreira em informática: fui administrador e gerente de projetos. Sim, trabalhei de gravata na Avenida Paulista e tudo o mais. Eu sei, olhando não parece. Eu sou um fotógrafo amador (veja meu portfolio), escrevo por prazer e lucro (fun and profit) e desenho por compulsão. Já tive textos publicados em revistas de papel e virtuais, e o meu trabalho mais recente é esse que você está olhando: o Ducs Amsterdam.
Você pode dar uma fuçada no meu Flickr, e me seguir no Twitter se quiser (se você curte o Twitter, tem um só pro Ducs em Amsterdam).

Não vim sozinho: Carladuc – Carla Duclos


A Carla é a minha esposa, e me ajudou a fundar o blog. Ela é uma administradora de sistemas extremamente talentosa e competente. Foi com essa profissão que surgiu a oportunidade de virmos morar na Holanda. Mas, apesar de eu também ter trabalhado como administrador de sistemas, nós nos conhecemos na Biologia, onde fomos colegas! Poisé, ela também não acredita em interesses únicos na vida. Tanto que ela escreve o excelente blog de culinária Entre Panelas. Eu sei, você deve estar pensando que eu sou suspeito pra falar. Faz assim: vá lá ler o Entre Panelas, e veja por você mesmo.
Além disso tudo, a Carla também é fotógrafa amadora (muitas das fotos que ilustram o Ducs Amsterdam são dela).
Se quiser, dê uma passadinha no Flickr e Twitter dela.

E ESTE É O SITE REVISTA, NÃO DEIXEM DE VISITAR!!!
EU A - DO- RE - III !!!
                                Gladis Maia

6 comentários:

  1. Olá

    Eu vi que você retirou o meu artigo de http://www.ducsamsterdam.net/a-vila-que-o-tempo-esqueceu-yvoire/incluindo as fotos.

    Na verdade, republicações de meus artigos precisam ser autorizadas por mim. Em princípio eu peço que, em vez da republicação seja colocado um link e uma recomendação pros seus leitores, explicando porque você gostou do artigo e incentivando-os a irem ler no local original.

    Como as pessoas em geral não se incomodam em notar o aviso de copyright que previne a cópia não autorizada dos artigos, eu agora insiro automaticamente um link pro artigo original, como lembrete pra quem copia e pra quem lê a cópia. Porém, você retirou esse link.

    O link aparece na versão de cache do Google da sua página, aqui:

    http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:EaFLeIb26QMJ:portaabertaouimprensalivre.blogspot.com/2011/02/vamos-voltar-ao-passado.html+site:http://portaabertaouimprensalivre.blogspot.com/+amsterdam&cd=1&hl=en&ct=clnk&source=www.google.com

    Eu peço que você faça a gentileza de ou recolocar a atribuição do jeito que estava ou de retirar meu artigo de seu blog, para evitar incorrer na infração de meu direito autoral.

    Obrigado pela consideração

    Daniel Duclos - www.ducsamsterdam.net

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  2. Control C, Control V é fácil. Difícil é escrever por si mesmo. Triste isto.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Você, simplesmente, copiou o artigo do Daniel?
    Que tipo de jornalista faz isso? Aliás, que tipo de pessoa faz isso?

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  5. Daniel,
    mil perdões, errei feio, como jornalista e como pessoa, achei que o link que estava embaixo na postagem no meu blog fosse o do teu site,
    na realidade era um site oficial da cidade...
    Como copiei na íntegra a postagem e achava que tinha indicado o teu site,considerava que era uma propaganda dele; penso que os atos, as pessoas e as coisas bonitas devem ser divulgadas, sempre e em letras garrafais ou em alto e bom tom. Parabéns pelo site e pela vida bonita que levas com a Carla!
    Namastê!
    Gladis Maia

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  6. RBP Simone e Paula:
    Se vocês não perceberam, este é um blog que se propoe a mostrar, diferentemente dos outros que possuo (no Porta Aberta tem links para eles) além dos meus próprios textos, o que de bom existe postado na internet, segundo o meu conceito. Não me apropriei nem do texto nem das belas imagens do Daniel, pois coloquei autoria. Paz & Luz!
    Namastê!
    Gladis Maia

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