domingo, 13 de março de 2011

Mulher, potencial de ternura, sutileza e acolhimento. Parte I


Entendo que ser mulher é florescer numa sociedade cheia de preconceitos, sem impor nada, sem competir, apenas mostrando através de exemplos de mansidão, ternura e amor uma nova conduta, uma nova maneira de ser. 
                      Lean Akbar, in O resgate da alma feminina.



Muita coisa mudou no convívio entre homens e mulheres na sociedade, desde a metade do século passado, mas a situação da mulher continua difícil. E o que é lindo é que - a par disso - raramente encontramos uma delas que não saiba estender sua mão amiga, mesmo em meio às mudanças sociais que as tem obrigado as mais variadas e maiores  responsabilidades, até mesmo como provedoras do lar.  As estatísticas em muitos países desenvolvidos ou em desenvolvimento, comprovam que esse número vem crescendo espantosamente.


    Os tempos são outros!Reclamávamos que ao homem tudo era permitido e a nós nada, além de termos sempre de nos submeter à  vontade de um deles, pai, marido, irmão...

    Ser dependente financeiramente do marido ou do pai tinha um custo moral e social muito alto! Diante disto, algumas mulheres à frente do seu tempo se atiraram, de corpo e alma, ao estudo e ao  mercado de trabalho, restritos até então aos homens, criando sua própria condição de subsistência e ampliando o espaço social para todas nós.   

                                                                                                                        Mesmo que as mulheres tenham conquistado alguns direitos, antes restritos ao homem, muitas continuam perdidas, sem entender ao certo seu papel social. Esse desconhecimento gera insegurança e tem ocasionado também uma grande confusão na cabeça dos homens.

   Inicialmente ocupávamos atribuições profissionais modestas, mas, com o passar dos anos, demonstramos nossa competência para ganhar dinheiro, tanto ou mais do que os homens.  


Mas,  por não ter um modelo feminino adequado para se espelhar a mulher usou o masculino e, nos últimos vinte, trinta anos, ela o tem incorporado de uma maneira tão forte que hoje a sua conduta tem estado muito próxima a do homem.

Só que na verdade as mulheres não deixaram de ser mulheres. Continuam com suas características biológicas, psíquicas e sociais e somaram a esses atributos os papéis masculinos.    

                                                                   
Já o contrário não aconteceu na mesma proporção, trazendo um grande desequilíbrio para nossa sociedade, além de afastar a mulher de sua verdadeira essência.

 Na realidade trata-se de uma grande armadilha, pois esta mulher que trabalha tanto, demais até diria, torna-se uma mãe não suficientemente boa, porque incorporou o modelo masculino do trabalho e o  transmite sem pestanejar às suas filhas.


 A menina ao competir com a mãe, naturalmente, torna-se também bastante ambiciosa e sua vida passa a dirigir-se mais ao profissional do que ao casamento... Mas, e ao menino? Qual referência do feminino que lhe é oferecida ?

Mas este é um assunto para o próximo post. Enquanto isso, reflitam sobre o que abordei neste... Namastê!

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