quarta-feira, 20 de maio de 2015

A desumanidade nos levará a feitos trágicos ainda maiores do que assistimos diariamente pela TV ou Web


     A fraternidade entre os homens permanece no horizonte das utopias. A cada passo para frente, dez para trás, como se fugíssemos do consolo, do encontro, do conforto, do abraço. Os destinos dos pacifistas que vieram depois de Cristo,  nos fazem mais tristes.  
      
      A violência grassa  mundo à fora,  apesar de John Lennon ter sido imolado pela paz e  Gandhi ter sido  tirado de sua luta também assassinado. Teria valido a pena? Para eles eu sei que sim, mas e a Índia rachada ao meio pelo Paquistão, com um  saldo de  um milhão de mortos e sete milhões de refugiados?

       A humanidade é desumana cantava Renato Russo, que insistia em cantar que o sol nasce para todos... Até nasce, mas o lugar de onde assistimos o seu bonito espetáculo  diário nos diferencia muito, se numa praia,  numa cobertura em Ipanema ou Paris, em uma   favela  entre balas perdidas ou num  campo de refugiados.

      E o pior mesmo é que existe gente(?) que encontra  justificativa para os genocídios de toda sorte que cobrem o solo de sangue e o coração dos sensíveis de dor. São crianças, mulheres, homens tombando numa carnificina nunca dantes tão grandiosa e formidável.  Matam sem escrúpulos – em nome de deus, muitas vezes – trucidam a raça humana, destroem  escolas,  hospitais, universidades, abrigos e até instituições humanitárias. A existência do que chamam de terroristas que precisam ser exterminados justifica  o terror sem precedentes das caçadas aqui, ali,  acolá, em todos os continentes do planeta. Só terror e dor para além de todos os limites!

      Há muito os poderosos que decidem os destinos dos Estados, das Nações,e  em todo lugar ousam espalhar sofrimento a muitos seres humanos e também aos animais,  na defesa do que elegeram como bom – para eles. Perderam todo o senso de proporção, toda a humanidade, toda capacidade de distinguir entre alvos legítimos e ilegítimos. Reina apenas a truculência ignorante e desmedida,   que mata à esmo, que mata geral, que mata parcelas consideráveis de populações, com a desculpa  de punir  atos de uma parcela insignificante das mesmas, ultrapassando inclusive estas, levando de roldão quem socorre o desvalido, quem ampara o fraco.

        Deixemos de balela. Se formos aos dicionários  buscar  a palavra adequada para descrever estas ocorrências infames,  com certeza não será conflito o vocábulo, e sim  massacre, extermínio, genocídio, carnificina, aniquilação da raça humana.


       Este panorama terrível que invade nosso sossego, nossos corações e  mentes,  por mais afastados que queiramos estar dele, desligando o computador ou a TV, desculpem a comparação, embora não seja um filme de Hollywood,  dá muito bem para todos distinguirem os bandidos dos mocinhos. Voltando a Renato Russo, só não sabe quem não quer. Pense nisso, antes que não sobre pedra sobre pedra, mesmo no paraíso onde talvez você resida. Namastê!

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