terça-feira, 19 de maio de 2015

Comportamentos antissociais podem ocorrer independente da própria vontade do sujeito, como resultante de contágios psíquicos’.


A captação do inconsciente é um processo natural e comum, sendo inclusive a base da transferência nas terapias psicológicas e na aprendizagem. Na realidade, é o mecanismo básico de toda relação humana, seja ela boa ou má.

Diferenciando-se do conceito de ‘transe mediúnico’, definido por Allan Kardec, que vincula a ocorrência  à influência dos espíritos dos mortos, os estudiosos do fenômeno denominado ‘psicotranse’ focalizam mais o lado psicológico desses estados alterados de consciência.

Trata-se de um momento de consciência – em qualquer circunstância - no qual aconteça uma modificação do nível consciencial, seja nos estados Beta (vigília), Alfa (estado de meditação ou relaxamento profundo), REM (momento de sonho, durante o sono), hipnose, ou em qualquer outro estado mental.

Geralmente, as pessoas não percebem as modificações dos estados alterados de consciência, principalmente quando estes acontecem em nível Beta; outras vezes  têm a sensação que dormiram e, aparentemente, não lembram do acontecido durante esses momentos, semelhantes à ‘amnésia pós- hipnótica’.

O psicotranse se confunde - de certa forma - com outras peculiaridades geradas por nossa mente, como os estados de ausências (ou crepusculares), tão comuns nas disfunções cerebrais mínimas, geralmente vinculadas às epilepsias. Por outro lado, esses estados em nada diferem daqueles denominados estados superiores de consciência, frequentemente vivenciados por santos e místicos.

A tendência da Ciência - antes do advento da antipsiquiatria e da psicologia transpessoal - era a de ver qualquer modificação da consciência, ou do comportamento, como sendo um estado patológico. Lopez Ibor, famoso psiquiatra espanhol, chega a classificar Jesus Cristo como um doente psicótico alucinado.

Felizmente hoje já se admitem as variáveis individuais  aceita-se a possibilidade de que o psicotranse possa acontecer espontaneamente, sem que a pessoa perceba suas alternâncias de personalidade, humor etc. São sintomas de outra pessoa, ligada emocionalmente à ela, que poderão ser físicos, psicológicos ou comportamentais. Com o tratamento as pessoas identificam claramente a fonte de origem desses sintomas, libertando-se deles sem sofrer indevidamente.


São numerosos os terapeutas que trabalhavam com essa linha, através dos procedimentos iniciados pelo Dr. Eliezer Mendes, no IBPC - Instituto de Parapsicologia Clínica, de Salvador/Bahia, na década de 70. Fica o alerta: se alguém, subitamente, começar a ‘mudar de personalidade’ ou ‘adoecer’ como se tivesse sido contagiado por uma doença não contagiosa, já sabem, pode estar diante de um psicotranse! Pensem nisso. Namastê!

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