Como disse
Drummond, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio,
não veio a utopia e tudo acabou, e tudo fugiu, e tudo mofou...
Pensamentos confusos e na maioria negativos
de repente emergem e instalam-se de uma
maneira pegajosa, gerando sofrimento, em quase todos nós, com motivo delineado
de forma definida, ou não. A decepção, a falha, o orgulho ferido e a esperança
deitada por terra. Como superar a desilusão? Haverá fórmula? Como manter o equilíbrio
emocional perante os perigos e as adversidades que surgem abalando a nossa zona de conforto?
Cada pessoa reage de forma diferente aos
problemas que se apresentam, mas muitos de nós costumamos ficar presos em comportamentos, sentimentos e pensamentos
que em nada contribuem para gerar o reequilíbrio emocional.
Algumas das nossas formas de lidar com as questões apresentadas são muito mais destrutivas e prejudiciais do
que assertivas e funcionais.
Precisamos inicialmente dar tempo a nós mesmos, para processarmos os acontecimentos, pois se tentarmos seguir em frente sem
reflexão, sem analisar os sentimentos/pensamentos,
o que nos transmitem, o impacto que podem ter em si, na nossa vida e na forma como vamos passar a olhar o
mundo ou situações futuras, certamente não será benéfico. Pode demorar um dia, uma
semana, um mês. Cada um tem seu tempo de
reflexão, análise e leitura do sucedido.
Evitemos reações descabidas
como passar ao ataque,
culpando outros pelo que nos aconteceu e descartando nossas responsabilidades. Vamos
também deixar de resistir às circunstâncias, porque aquilo em que nos focamos expande-se,
e se ficarmos detidos nas circunstâncias adversas a vida pode tonar-se um
tormento. É necessário encarar as decepções para não ficarmos estacionados no
passado. A fila anda!
Consideremos as possibilidades! Ao fazermos à nós mesmos algumas perguntas simples, um mundo de opções
se abrirá: “O que é possível?” ou “O que posso fazer?”, como João ou Maria
reagiriam nessa situação? Ao perguntar o que é possível, abrimo-nos à mudança,
colocamo-nos num cenário positivo, construtivo e capacitador.
Avancemos, mesmo perante as
dificuldades, o caminho é feito ao andarmos. Muitos
são os exemplos que podemos retirar quando analisamos as pessoas bem sucedidas.
Elas demonstram uma caraterística que as define como persistentes. Perante a
adversidade mantêm o foco nos objetivos traçados, quando a grande maioria das
pessoas desistiria. Avançam, mesmo com os pés feridos e o coração sangrando,
com os olhos no horizonte, na esperança de dias melhores. Precisamos acreditar
na perspectiva a longo prazo.
Tal como quando vamos a uma
academia para desenvolvermos a
nossa condição física, através de um trabalho contínuo, com propósito e
comprometimento, cada um de nós poderá fazer o mesmo com a mente, se desejar,
pondo foco e atenção no desejo correto e freio nos impulsos.
Quando deixamos os nossos sentimentos nos controlar, a mente acaba adormecendo
e tudo corre à revelia dela, através de um programa automático, do qual já conhecemos
o final. Pensem nisso! Namastê.
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